Mais do que um encontro de gerações, este álbum oferece ao público o registro do trabalho fecundo e constante de um compositor que dedicou sua vida inteira à construção de uma obra que respeita e embeleza nossa música. Obra esta interpretada magistralmente por uma cantora da maior qualidade. Idealizado e baseado em carinho e respeito mútuos, este álbum traz pura beleza na voz de Daniella Alcarpe, pura beleza na música e poesia de Joel Damasceno. Uma verdadeira declaração de amor à música popular brasileira.
O tempo que salta é o tempo de dentro. De repente, num dado momento, a gente compreende a vida, este mistério, naquele lugar entre a mente e o coracão, que só o tempo conhece. E a gente agradece tudo o que viveu e vive com mais tolerância, mais amor, mais compaixão.
Este CD reúne canções que, de alguma forma, traduzem os tempos pelos quais a gente passa. Tempos de dor, de dúvida, de pouco entendimento. E tempos de amor, de contemplacão, de serenidade. Belos tempos, tempos de gratidão.
Acho que fiz meia música pra você
Aceita minha meia música
Desculpa o meu vexame
De fazer meia música pra você
Acho que fiz meio amor com você
Aceita meu amor ao meio
Meu sonho de sedutor
De fazer meio amor com você
Acho que quero ser meio de você
Metade da metade
Da super felicidade
Do meio que provoca o teu prazer
Acho que meio amigo seu eu vou ser
Aceita meia amizade
O resto é banalidade
Meio amigos é o que podemos ter
Música, amor
Música, amor
Amizade, felicidade
Amizade, felicidade
Prazer em conhecer
Prazer em conhecer
Música
Não há nada que oriente
O meu pensamento vão
Nem a lua e as estrelas
Olhos cegos guiarão
O colírio da paisagem
Seca a faca amola o chão
Dos teus olhos de serpente
Escondi meu coração
E a beleza não perdura
Só o tempo que durar
O amor que agora esqueço
Mal acaba de chegar
Quando a solidão vacila
Chove o riso, nasce a flor
Canto um tango,
esfaqueio essa lágrima de amor
Não há nada que me salve
Desse amor de cabaré
Nem um beijo de novela
Bem-me-quer ou mal-me-quer
Me transformo em um bicho
Jogo fora toda dor
Canto um tango,
esfaqueio essa lágrima de amor
E o que antes era vidro
Diamante se tornou
Não sou mais sentimental
Aprendi com minha dor
Quando a solidão vacila
Chove o riso, nasce a flor
Canto um tango,
esfaqueio essa lágrima de amor
Arranca a pele
Unha-tambor
Canção desesperada eu sou
Engole a garganta
Pisa na flor
Sozinho nesse filme de amor
sei de cor
aquilo que não sei
o mundo não tá acabando não
não vou ficar chorando
no fundo tá começando assim
que nem choro de gente
que nem choro de João
chorando em 2001
chorando em 2001
chorando
quem fala: ouve, não escuta tá
não vê que estou cantando
a morte e fria, feia e não discuta vá
fazendo outros planos
o seu Antonio viu que vem a chuva
pra horta florescer
que sem a água
não fazia vida
que nem choro de João
que não fazia sol na despedida
do choro
da vida
dos planos
da gente
do mundo
chorando em 2001
chorando em lugar nenhum
chorando pra nenhum
chorando, chorando em 2001
se o choro é bom então eu choro quando
só não falo com ninguém
o tudo nada desafinando o sol
sabendo eu nada sei
no fim do mundo sei que sempre tem um tal
sorrindo pra ser ninguém
sem ter lugar no trem
chorando em 2001
chorando em 2001
chorando em 2001
chorando
Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa o tempo
O tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo me passeia
Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
A dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul
A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta
A franja da encosta cor de laranja
Capim rosa-chá
O mel desses olhos luz,
mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam, madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo ficando pra trás da manhã
E a seda azul do papel que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto, explícito objeto
Castanhos lábios
Ou, pra ser exato,lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores, sábios projetos:
Tocar na Central
E o céu de um azul celeste celestial
Quando caio
Quando caio eu me machuco
Quando me machuco eu choro com direito de chorar
E se eu choro
Choro com direito
Eu choro
Só que quanto mais eu choro mais demoro a levantar
E se eu choro e me demoro
E não levanto
Fico sentado chorando
E vou deixando de brincar
Então eu lembro que a vida é brincadeira
Vivo sem eira nem beira
Eu gosto muito de brincar
Aí levanto e já começo a correria
É tanta gente no meio dessa folia
É pega-pega, é corre-corre, é capoeira,
É tanta gente no meio dessa zoeira
Andaram falando mal de mim
Sem motivo e sem razão
Porque eu ando feliz assim
Feito passarim em chuva de verão
Andaram falando mal de mim
Sem motivo e sem razão
Porque eu ando feliz assim
Feito passarim em chuva de verão
Então vou dar o motivo e a razão
É que meu coração está sendo amado
Não tenho tempo de prestar muito atenção
Em coração que anda desocupado
Dorme meu herói do morro.
Teu berço sem forro vai te acalentar.
Corre Boi da cara preta.
Não basta careta pra te assustar.
Essa gruta espanta Cuca,
que dirá Bicho papão e Saci,
tem medo de alçapão.
Dorme que estás mais seguro
por trás deste muro que num carrossel.
Dorme que teu sono apaga o limite duro
entre inferno e céu.
Dorme o teu sono à-toa,
aproveita pra sonhar.
Pesadelo mesmo, é despertar.
Anoitece calmo na favela
Na janela logo ela
A mais bela do lugar
Musa estonteante
Tem a sina de viver a esperar
Ouve equidistante os peregrinos do trabalho
Maus meninos, um boemeo a dedilhar
Malicionsamente um samba antigo
Que acabara de lembrar
Tudo vira e gira treme e passa
Movimenta os poucos quadros
Da parede sem pintar
Sei lá, reza pra chegar
Sei lá se o amor existe
Ou simplesmente já não há
Por entre as ruas desse mundo
Entre as curvas de outros corpos
Em conversar por aí
Ela realmente alí parada
Aparenta se exibir
Quando bem de longe avista o homem
Se perfuma toda e some
As cortinas vão fechar
Logo o hemisfério vai sentir
Dama da noite pelo ar
Não bem assim, mas ao seu jeito
Despediu-se do seu homem
Que jogou o barco ao mar
Ele jurou que voltaria
A vida dela foi passando
Com o vestido de pano
E o coração no imenso mar
Dia a dia a esperar
Naquela praia quem passava
Perguntava: “quem é ela
sempre em frente a vigiar?”
Não demorou e alguma gente
Com seu jeito impertinente
Ia à praia pra zombar
Fazendo choça da garota
Apelidaram-na de “noiva
que com o mar se fez casar”
Os caranguejos a imitavam
Dando voltas a seu lado
Esperando o ano passar
Não houve asilo, nem hospício,
Hospital ou sacrifício
Que tirasse ela de lá
Seu cabelo embranqueceu
E feito um véu desvaneceu
Até a morte ir lá buscar
E quem zombava
Hoje em dia acredita
Que a moça lá da praia
Espera junto de Iemanjá
E que assim às vezes bate uma saudade
Ela passeia pela praia
Quando é noite de luar
Deus me deu, Deus me deu, Deus me deu
Vida que Deus me deu
Obrigada
Deus me deu, Deus me deu, Deus me deu
Vida que Deus me deu
Obrigada
Eu vejo anjo pra todo lado
Eu tô no céu, você também
Verdade é,
Tem sempre alguém que está por perto
E salva pátria,
Lava a alma e estende a mão
Num desses encontros do destino, Daniella Alcarpe conheceu ''Dinda'', uma linda canção de Joel Damasceno, e topou defendê-la no Botucanto, Festival de Musica Popular Brasileira em Botucatu. Não deu outra: primeirissimo lugar!
Este é o single de ''Dinda'', uma primeira amostra desta união musical que é mais do que um encontro de gerações: é música bem feita, música que respeita nossas tradições e cultura, música que é pura beleza e pura doçura. Este single é uma prévia do CD parceria entre Daniella e Joel.
Joel Damasceno tem estrada na música popular brasileira. Violonista, cantor e compositor, já aos 18 anos, frequentava o famoso João Sebastian Bar, na Rua Major Sertório, São Paulo, na qualidade de músico, mostrando suas composições ao público e à seleta turma de músicos que ali comparecia. Eram os anos 60!
O tempo passou, compositor e composições foram crescendo e amadurecendo. A vida levou Joel para o interior de São Paulo e o trovador mudou de palco: dos bares para os festivais, no exato momento em que os Festivais de MPB traziam ao público os talentos nascidos de uma fantástica efervescência cultural, quem sabe até uma das fases mais ricas da música brasileira. O resultado da participação de Joel foi um sucesso atrás do outro: de 1972 a 1986, o interior de São Paulo conheceu o que São Paulo já sabia: Joel Damasceno era um compositor talentosíssimo e a prova vinha com os prêmios que acompanhavam suas apresentações.
O que este compositor, tão celebrado nos anos 70 e 80 andou criando nestes últimos 25 anos?
É isso que Daniella Alcarpe se dispôs a descobrir. Porque sua paixão é a música popular brasileira e um de seus objetivos como artista é revelar, através de sua excelente interpretação e talento vocal, as pérolas poéticas e musicais ainda desconhecidas do grande público.
Queria que a verdade fosse como um fruto
que a gente alcançasse à qualquer minuto
fosse como um doce
e que terna fosse que me iluminasse
como a luz da tarde que o azul me trouxe
Queria que meu barco se fizesse ao largo
se soltasse ao vento
que não fosse amargo nem magoasse tanto
que plantasse auroras de contentamento
como a paz lá fora apaziguando um canto
Felicidade mora logo atrás do muro
ali onde os namorados se enrolam no escuro
ali onde a noite cai dos claros do estrelado
ali se abre um corpo em fogo ensolarado
Ela se faz de tonta e ele se faz de burro
“meu amor te amo” “meu amor eu juro”
“meu amor promete” “ meu amor me deixa”
no final de contas fazem no chão duro
Queria um só momento essa tranqüilidade
que se vê nas folhas balançando ao vento
quando o vento mexe
remexendo as flores sol raiando em cores
no girando gira de algum catavento
Eu só queria Dinda um adeus ainda
das morenas lindas no final da festa
quando eu for embora
pra seguir cantando um último chorinho
dar um abraço em todas prá seguir sozinho
Queria ser alpinista pra escalar teu corpo
e me perder de vista na rosa dos ventos
eu só queria um dia da tua geografia
ao sul do teu umbigo depravado e amigo
Ao norte eu colheria em teu pomar os figos
de aplacar meu sonho de acalmar a sanha
e ser o seu amor com muito ardor e manha
nas manhãs de fogo sobre tuas montanhas
Voltada quase que exclusivamente ao estudo e interpretação da música popular brasileira, Daniella tem como principais referências o trabalho de Carmen Miranda, Elis Regina, Isaura Garcia e Maria Betânia, além de Cartola, Assis Valente, Adoniran Barbosa, Chico Buarque, Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
Sob estas influências, em seu primeiro disco solo, "Qué que cê qué?", Daniella interpreta composições inéditas em ritmos de samba, baião, frevo e choro. A escolha do repertório teve como critérios a qualidade poética das letras, a riqueza melódica de cada obra e claro, sua identificação pessoal, adicionando a cada peça uma interpretação plena de cuidados e talento.
As canções assinadas por Carlos Careqa, uma das quais dá nome ao CD, Dimitri Bentok, João Marcondes, Joca Freire, Lucy Casas e Zé de Riba, têm arranjos e produção musical de João Marcondes.
A estética musical do CD busca uma sonoridade original, trazendo novos elementos musicais aos já consagrados ritmos brasileiros, em arranjos que utilizam violão de 7 cordas, violão de corda de aço, violão de corda de nylon, guitarra fretless, guitarra semi-acústica, bandolim, cavaquinho, percussões, flauta transversal, trombone, saxofone, teclado e baixo.
Você não entende de sexo
Você não entende de nada
Você não entende de anjo
Você não entende de fada
Qué que cê qué?
Qué que cê qué comigo?
Você agora quer ser
Meu amigo!
Você não entende de sonho
Você não entende de farra
Você não entende de vinho
Você não entende de barra
Qué que cê qué...
Tua vida tá mal
Teus amigos sumiram
Você não tá no jornal
Oque cê diz é mentira
Qué que cê qué...
Você só anda torto
Você não tem namorada
Você é um vivo morto
Você é um pá virada
Qué que cê qué...
Vê se chega pra lá
Com esse olhar de vampiro
Vê se arranja um lugar
Eme deixa tranquila
Qué que cê qué?
Qué que cê qué comigo?
Você agora quer ser
Meu amigo!
A madrinha fez um vestido de chita pra mim
A madrinha fez um vestido de chita pra mim
Eu fui à missa de domingo
Vestida no meu vestidim
Quando dei fé, um rapaz piscando assim
Quando dei fé, um rapaz piscando assim
Era o meu vestidim
Era o meu vestidim
O meu vestidim era todo floreado
Parecia até um quadro de Van Gogh para mim
Era tão lindim, tinha um babado de lado
Atrás era decotado, foi presente do meu padrim
Eu tinha quatorze anos conheci esse rapaz
Eu tinha quatorze anos conheci esse rapaz
Que se apaixonou por mim
E por meu vestidim
E namoramos muito tempo
Que chegamos ao casamento
E na lua de mel
Fui vestida no meu vestidim
Quando era noite na hora de dormir
Era ele quem tirava o meu lindo vestidim
Não tenho culpa se você não sabe sambar
Se pelo menos você aprendesse o miudinho
Que é um samba fino que fica no calcanhar
Você me deixa assim
Numa situação
Não dança jazz nem baião
Ainda põe culpa em mim
Aprenda o miudinho acabe com a solidão
O samba é um santo remédio pro coração
Meu querido Santo Antonio
Me arranja um amor
Meu bonzinho São Toninho
Me dá uma colher de chá
Meu coração pequenininho
Já não agüenta mais sofrer
Meu querido Santo Antonio
Vem aqui me socorrer
Abre bem os meus olhos
Seca a minha ambição
Mostra-me o que é bonito
Sem me dar perturbação
Deixa que eu sinta o vento
Soprar em minha direção
Me concede essa graça
Me dá a tua proteção
Tô saindo de fininho
Que é pra não lhe incomodar
Mas não esquece seu Toninho
Uma maneira de ajudar
Sei que fui um sonhador
Sei que fui um tafetá
Hoje quero bem mansinho
Alguém pra me acompanhar
Não venha me dizer que se cansou
Da vida e das canções que eu te dou
Tudo porque você cresceu
Enquanto eu cantava assim
Não venha cá tutu marambá
Não venha cá
E a cantiga que embalava o seu coração
Agora parece dizer
Palavras antigas sem graça pra nós
Encantos, espantos, palhaços sem voz
Mil sonhos perdidos num mundo real
De que valeriam no seu carnaval?
E se a vida então te convidar
A mais uma ilusão abandonar
E aquela rua tão sem cor
Hoje ilumina a minha dor
E eu nem sabia ladrilhar
Eu nem sabia
Serão estrelas decadentes a pousar no chão
Não são vaga-lumes neon
Nem chuva de prata
Nem poças de mel
São cacos de vidro que caem do céu
Mil dias seguintes
Passando por mês
E o tempo acordando e brincando com você
Que noite linda
Eu ia descendo a ladeira
A cidade inteira
Era um mar de alegria
Gente na praça
Fazendo folia, cantando
As estrelas brilhando
Me lembravam o seu olhar
Parecia carnavais
De outros tempos
Pierrôs e colombinas
Namoravam ao luar
Versos recitados
Com amor
E sentimento
Por um cirandeiro a passar
Tanta felicidade despertou
Que a vida fez sentido outra vez
Quando a luz do poste voltou
A cidade entristeceu mais uma vez
Cuidado com que você vai fazer
Pra não sofrer mais tarde
Cuidado com que você vai fazer
Pra não sofrer mais tarde
Pare, pense um pouco, reflita
Que as coisas não se resolvem assim
Ninguém vive de briga
Melhor é acalmar
A vida é tão bonita
É só conversar
Puxa a cadeira, senta
Deixa o temporal passar
O amor é um cinema
Um filme de Almodóvar
Não canto o sabiá nem o jasmim
Só penso no tempo infindo do quando eu vim
Do meu Brasil que já não é só luz e coqueiro
Nem trigueiro nem de mim
Mas mesmo assim, é tão grande a saudade
Que a alegria pede licença, vai entardecer
Evolto pra essas ruas minhas gentes
De amores diferentes, tão sinceros, tão presentes
Evivo toda a graça, a simpatia,
Ocondão, a maravilha desse colo que é o Brasil
Brasil meu amor, minha saudade
Brasil, só queria te abraçar
Todo bicho tem a cara de Deus
Deus é sabido também sabe assoviar
Ocachorro late o macaco assovia
Eu vi o tatu bola paquerando uma cotia
Vixe Maria, Deus é todo popular
O repentista que vem lá de Nova York
Chegou afirmar que Deus é bom de bola
E na escola aprendeu a multiplicar
Na geografia, aprendeu a navegar
eea
eeeeea
Graças a Deus a gente fala toda hora
Parece até sanduíche e Coca-Cola
Graças a Deus a gente fala toda hora
Parece até sanduíche e Coca-Cola
Deus não é moço também sabe escutar
E não é moço também sabe escutar
eea
eeeeea
Também falaram que ele é masculino
É feminino no jeito de pensar
Eterno, barroco, moderno
Toca baião e heavy metal sem parar
Também falaram que ele é pai solteiro
Negro, índio, metalúrgico, brasileiro
Tem três filhos, mora na periferia
E vende cachorro quente lá na freguesia
eea
eeeeea
Todo bicho tem a cara de Deus
Deus é sabido também sabe assoviar
Eterno, barroco, moderno
Toca baião e heavy metal sem parar
Somos todos irmãos
De quem?
Somos todos irmãos
De quem?
Todo mundo é igual perante a lei
Todo mundo é igual na biologia
Todo mundo é igual hoje em dia
Todo mundo é igual, isso eu já sei
Mas que tem diferença, isso tem
Mas que tem diferença, isso tem
Vira o jogo Mane! Muda de vida!
Vende o Carro e anda a pé
Vira o jogo Mane! Muda de vida!
Vende o Carro e anda a pé
Como é que fica, Mané?
Como é que fica, Maria?
Como é que fica (o) Mané?
Como é que fica (a) Maria?
Como que fica?
O que é que fica?
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